terça-feira, 27 de julho de 2010

Longe...?

À horas que estou afogado em lembranças, pensamentos e momentos. Mas tento sempre não afogar-me neste lindo mar. Sim, neste azul e limpo mar onde as ondas se encontram com a suave brisa do vento, e se convergem num forte e estrondoso rebentamento naquelas rochas ali ao pé silvestres. Onde deito-me também neste fino e dócil areal. Areal de oiro é o que chamam-lhe a ele, inveja de não o ter muitos lá foram reclamam-no também, mas o que é de África mas nenhuma parte do mundo tem. Mas não estou somente longe em quilómetros, ou de um continente a outro. Estou longe de pensamento e longe de mim. Eu longe neste areal sinto saudades de ti, ele ou ela, e ela dentro de mim. Carrego cada palavra e sentimento no meu cofre mais precioso, mas sinto-me inteiramente perdido porque assaltaram-me e roubaram dele mais do que uma pessoa…duas. Ahah ironia forte, sim, vivo um momento de nostalgia e dúvida crescente, a cada dia que passa pergunto-me que futuro darei ao meu corpo, que futuro darei a minha mente, vida e espírito. Mas antes de tomar alguma decisão cito neste pedaço de papel que no qual escrevo, que o humano pergunta-se sempre sobre a sua vida no momento que esta Longe mas, volta sempre a casa e escolhe um melhor destino…se tiver verdadeiro amor.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

No escuro...

Está escuro…muito mesmo. E é a partir desta escuridão que aproveito-me de ti. Tu nesta intensa escuridão não vês nada, mas eu munido de estes olhos de hiena ataco-te horas sem fim. As hienas têm armas mais que letais… cheiram, atacam e comem por inteiro suas presas. Nesta escuridão considera-me este assassino da natureza…nesta noite eu te considero minha presa. Com toque de Midas eu transformo cada parte do teu corpo em ouro e com a força de Hércules levanto com todo o esplendor o gigante Adamastor …
Neste escuro está calor e tu pensas estar num sonho. Mas nenhum assassino garante a sua presa se este sonho não se transformará num escaldante pesadelo. Que nem rato que quando morde, sopro cada parte que do teu corpo belisco. Que nem bebé procuro ternura nos teus seios e como criança inocente passo delicadamente a mão … e tu quem nem recém nascida desabafas os primeiros esguichos. Hércules tem agora Adamastor na mão, ele tal e qual cobra cuspideira cospe, e ela de revolta e dor grita até não poder mais, e afinal???? Os humanos são autênticos animais…na escuridão.

O Camões Preto