sexta-feira, 18 de junho de 2010

Saramago

Morte, morte, morte pergunto-te quem és! Morte, morte, morte porquê? Porquê? Porquê levas tu génios? Porquê fazes jazer pessoas com dom e bondade? Porquê? Levas por cada dia milhares, milhões de infinidade mental, pessoas de bom valor e os maus só centenas vão. Levas todos, hoje foi mais um…Saramago, genial e coitado Saramago. Eras velho e dócil, escritor influente e mirabolante. Despertaste em mim com as tuas obras lindas o ímpeto de escrever. Não de escrever por escrever é certo. Mas escrever por amar, escrever por dizer os mais lindos sentimentos…da alma. Choro hoje por tua alma, choro hoje por tua genialidade, pela pessoa que eras. Recordar-te-ei hoje e sempre, o teu estilo versátil e genial, sem pontuações. A tua coragem de detalhar cada parte da tua mente, mesmo herege, mesmo revolucionária, tu como um nobre cavalheiro lutaste, escreveste e escreveste, não escreveste simples historias, escreveste na história…de Portugal. Hoje Jazes tu, hoje nasce alguém que certamente um dia ouvirá…o teu nome
José Saramago 1922-2010
O Camões Preto

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Nada me vem a mente, ela esta vazia, oiço a musica e quase que sem alma deixo-a entrar e sair de dentro de mim. Estou...perplexo e mudo. Vivo...dificil e estranhamente sem um sorriso. Estou trémulo, abanado e dificil de compreender. Tenho estranhas atitudes, estranhos pensamentos...juro, eu estou perdido. Já nem sei o que escrevo...o que escrevo eu? Escrevo para que? Para quem? Ninguem...ninguem me conforta a alma, estou abandonado nesta noite fria, rebolo-me, estremeço-me, vibro-me, abafo-me constantemente, procuro-me e procuro-me, mas encontrar algo já perdido é sem duvida...impossivel. Fico acordado a noite inteira, brinco com um meu velho peluche, sempre lhe contei as minhas paixões, as minhas loucuras, os meus desejos, os meus medos, as minhas ideias e ao contrário de muitos ele me respondeu sempre com um sorriso, nunca me achou maluco, estupido ou algo assim. Possas o que tenho? Falo do meu peluche num texto, dou-lhe uma personificação de alma e espirito. É o passado? Medo do futuro? Não sei, eu continu-o assim...só.

O Camões preto.

domingo, 6 de junho de 2010

Gentleman

Lord sai de casa de manhã, com sotaque inglês e postura francesa no andar. Deixa a mulher triste por passar o dia inteiro num bordel. Desgraçadas são aquelas que dele só dinheiro querem, fazendo de My Lord esposo infiel. Rameiras de conas molhadas, risos de diabas e peles de cascavel. Burro e sem classe ele tira para fora o seu pequeno bem, sem nada na cabeça espeta-o em qualquer mulher. My Lord é rico e bonito, mas depois de tanta pega fica surdo, é lhe diagnosticada sífilis no seu ponto mais agudo. A comichão começa e a dor também, My Lord esta fraco, a cara já não bonita é…está feio, dentes podres, hálito abrasador, coitado locutor não diz uma palavra, fica calado na extensa sala olhando a mulher. Esta já foi para a cama com tantos outros homens, em busca do esperma fresco que o homem oferece num bordel.
Fraco na alma e perto da morte My Lord está sozinho. Vício trémulo e obscuro fá-lo procurar mais uma cadela com cio. E o Lord procura assim a vulva com o menor valor, com todo o orgulho deixa a piça subir e sem medo seus filhos sair.


O Camões preto

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Nostalgia

Tenho saudades tuas. Tenho saudades nossas, saudades de tudo, saudades de ti! Quero poder pegar na tua mão, senti-la quente, beija-la docemente e poder olhar para ti alegremente. Meu bem eu não sou perfeito, sou mais uma peça inacabada, cortada a meio, que procura desesperadamente pela sua outra metade…Eu quero poder ter-te novamente. És parte da minha alma, caracterizas o meu ser…melodia da minha vida, cor do meu dia, deusa do meu coração…és tu branca e negra levas-me a perdição. Mulher perfeita, as tuas belas pernas combinam perfeitamente com a ondulação do teu cabelo. Os teus olhos relevam-me e dão-me esperanças, dão-me força, enfeitiçam-me completamente…Não tenho inspiração, estou seco e “sem sabor”. Será que jaze Camões preto e glorioso sem a alma e o seu coração? Faca do amor, trespassas-me sem dó nem piedade, não me dás uma oportunidade, uma chance, uma luz neste sombrio túnel para te mostrar que eu…eu ainda gosto de ti…eu…eu não vivo sem ti, só te quero a ti, beijar-te a ti, abraçar-te a ti, vezes e vezes imploro, peço, choro recaio-me no chão que nem um demónio que pede perdão a Deus… pelos seus pecados. Choro e grito o teu nome, sem medo de nada, sem medo do Mundo, com uma abafante e insuportável dor no peito, choro no chão desta vez não sou demónio, não sou Juda, nem Deus…sou somente um pequeno bebé que pede pela sua mãe.

O Camões preto